Quando começa a se identificar um consumo elevado de álcool, com muita frequência, pode ser um dos sinais para a dependência química. O alcoolismo já é uma doença que afeta muitos brasileiros, revelando que mais de 19,9 milhões de pessoas com mais de 18 anos tem o consumo de mais de 4 doses de álcool por dia.
O alcoolismo é uma doença que não tem cura e deve ser encarado dessa forma. O que é possível fazer diante disso é controlar os seus sintomas. A recuperação precisa ser uma constante manutenção a partir do momento em que se decide entrar em um tratamento, pois a recaída pode acontecer em diferentes tempos.
Sintomas do alcoolismo
O principal sintoma para identificar o alcoolismo é em relação a perda de controle, normalmente, a pessoa não consegue se dar conta de que a dependência está afetando diferentes áreas da sua vida, como relação familiar, controle financeiro e trabalho. Só depois de perder coisas importantes é que ele percebe que precisa de tratamento.
É muito normal que as pessoas digam que conseguem parar de beber se quiserem, principalmente quando estão demonstrando sinais de descontrole em relação a quantidade de bebida que consomem. É uma doença lenta, fatal e progressiva. Começa com um uso para diversão, depois vira abusivo e se torna, então, dependência.
Há também uma predisposição genética que precisa ser analisada, sendo um dos fatores que facilitam o desenvolvimento da doença. As pessoas que tem antecedentes no seu histórico familiar e não estão prestando atenção nos seus hábitos, podem acabar desenvolvendo a dependência.
Como ajudar um alcoólatra?
É um grande engano pensar que a doença apenas afeta aquele que tem a dependência. É muito importante que os familiares também procurem ajuda, principalmente a psicológica. Assim, conseguem ter forças para ajudar a pessoa que está sofrendo com o alcoolismo. Em uma casa onde tem um dependente químico, toda a família sofre junto.
Esconder a bebida ou passar a tomar medidas mais apelativas, como impedir que a pessoa saia de casa, quebrar garrafas, não é a melhor maneira de lidar com essa situação. O paciente que está em recuperação precisa de conscientização, o familiar não pode fazer mais do que aquele que precisa de ajuda.
Assim, o mais importante é evitar confrontos diretos, deixando de lado as discussões com a pessoa, ainda mais nos momentos em que ele está sob o efeito de alguma substância. Quando ele estiver alterado ou com muita vontade de usar a bebida, essa discussão trará apenas resultados negativos, acionando mecanismos de defesa que podem ser ruins para o momento.
Dessa forma, cabe ao familiar entender que é uma doença e que necessita de tratamento, como qualquer outra. O alcoolismo não tem cura e por isso, o atendimento tem que ser feito de maneira progressiva e com cuidados que duram a vida toda.
Procurar por ajuda em uma clínica de reabilitação pode ser uma das melhores formas de abordar o assunto, mostrando um ambiente acolhedor e com profissionais prontos para ajudar na dependência química.