Tratamento Crack

Tratamento Crack


O primeiro registro do crack no Brasil, publicado pelos jornais, é de 1991. São 27 anos da droga circulando no país, criando dependentes e formando concentrações de usuários nas chamadas cracolândias. A droga é um grave problema para 20,7% dos municípios brasileiros. Um relatório de 2012 publicado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) apontou que duas milhões de pessoas já tinham usado crack alguma vez na vida. Outro estudo, dessa vez realizado pela Fiocruz em 2013, estimava que havia 370 mil usuários regulares da droga apenas nas capitais brasileiras.

Especialistas que conhecem a fundo os efeitos do crack no organismo dizem que não basta uma tragada para que o usuário fique viciado, mas tornar-se um dependente químico é um processo rápido. Fazer o caminho contrário, contudo, é difícil. Estima-se que a taxa de sucesso dos tratamentos de desintoxicação gira em torno de 25% a 30%.
PRINCIPAIS SINTOMAS DO CRACK NO ORGANISMO

Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. Também são comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.

Como deve ser o tratamento para dependentes do crack?

Quando se trata de uma droga tão devastadora como o crack, não há receita única para todos nem remédios milagrosos. Processos baseados em abordagens médicas e psicossociais, com participação da família e de grupos de apoio, além de internação e uso de medicamentos quando necessário têm sido a forma mais eficaz de tratamento com altos índices de satisfação e resultados positivos.

Na Clínica de Recuperação SP a primeira etapa do tratamento consiste em detectar as etapas necessárias e verificar a necessidade de internação para a desintoxicação. A avaliação aprofundada é importante para fazer diagnósticos de como o paciente era anteriormente e como está no momento, porque, se por exemplo ele tinha uma depressão antes, pode ter uma recaída se ficar deprimido novamente.

A conscientização também é outra etapa fundamental para que o dependente perceba seu problema e esteja aberto ao tratamento. O dependente de crack tem características específicas, costuma ter uma compulsão grande e desenvolve uma inabilidade em lidar com um desconforto físico, emocional e psicológico, daí a necessidade de contar com uma equipe multidisciplinar altamente capacitada no tratamento da dependência química, principalmente o crack.

É preciso avaliar cuidadosamente o perfil de cada usuário para garantir um tratamento personalizado e exclusivo. Quanto mais grave o grau de dependência do indivíduo, maior a especialização que a equipe precisará ter para lidar com esses pacientes.

Na Clínica de Recuperação SP aproximamos o dependente das estratégias de tratamento. O psiquiatra pode propor uma medicação, se necessário, e o psicólogo mostra o problema para o paciente e ajuda a encontrar a solução, por exemplo. A religião também pode ter um papel importante na recuperação do paciente, ou seja, ajuda a desenvolver a sua espiritualidade.

Vale ressaltar que durante o processo, a recaída é comum. E, por isso, a importância do local apropriado e com profissionais capacitados para oferecer aquilo que o paciente necessitar, que são os subsídios para ser o autor da própria recuperação. Ninguém pode fazer com que o dependente se recupere, mas pode ajudá-lo a traçar esse caminho e chegar à plena libertação.